sexta-feira, 29 de abril de 2011

NUVEM NO DESERTO

Pinga! pingos secos!
Secos pingos que não querem cessar/
Levantando pó, poeira...
Como nuvem no deserto, umidade que seca o ar.
De tão seco que sufoca,
A areia, que quer respirar/
Cada pingo seco ao cair,
Faz a morte gargalhar...
Pingos secos, pinga, pinga/
Causa enchente que enche os olhos...
Do deserto "cheio" que te abriga,
E que absorve cada pingo, em teu colo.
Apnéia seca da terra!
Esperanças, em cada gota que cai.
Seu suspiro, um grito que encerras/
Cada pingo, uma fonte que atrai.
Quantos pingos! A conta-gotas...
Conte as gotas, divida os respingos!
Em cada grão, que pingas e contas.
Morre aos poucos, o deserto mendigo.
Ah! se cada pingo seco fizesse/
Molhar os grãos, do deserto ardente!
Ah! SE cada gota que conta pudesse...
Aplacar a sede, de toda esta gente!


Sérghio Gonçalves.


quinta-feira, 28 de abril de 2011

MEDOS ESCONDIDOS

Tenros medos que me afloram...
Medo de que? (Pergunto-me, triste)
Dos teus lábios? que por beijos imploram/
Ou dos teus olhos, que para mim existem?
Há!  Estes olhos, olhar que guarda segredos...
Lançando chispas, como rios quentes/
Cujo calor, faz germinar meus medos!
Expondo á luz minha alma carente.
Medos que guardo entre densas paredes.
Tão fortes e áridas, que desperta minha sede.
Desejo saber , o que escondes em teu ser!
Se é doce ou amargo, se é noite, ou amanhecer?
Sei, que me encontro com  medo/
Até mesmo do medo de descobrir...
Pois se manténs tudo em segredo/
Revelas o medo do que pode sentir.
Se fosses impura, que mal haveria?
O ouro, para ser jóia rara/
É purificado pela alquimia.
Me deixe adentrar em tua fortaleza!
Vencer meus temores, me achegar a ti/
Quero ser forte na tua fraqueza.
Dissipar densas trevas, aonde te escondi.!

Séghio Gonçalves

terça-feira, 5 de abril de 2011

A CONQUISTA

Ser homem, ser mulher...
Neste mundo, enorme que se
Ser sózinho ninguém quer!.
Todos buscam alguém                                                                                   
Vejo almas descompassadas,
em passos que vão e vem.
Querendo ser mais que um nome.
Mas, ser alguém... é ser ninguém...
Na noite, morna que nos acolhe,
nos berços de nossas vidas
Encontro pessoas, que nunca escolhem,
Se ferem, ou são feridas.
Consomem tempo sendo artistas,
Em um palco onde encenam,
A peça de suas conquistas.
Olhares se encontram distantes...
Como espelhos onde se enxergam,
sob o indulto do pecado que pregam
um pouco mais importantes,
Nunca deixam seus sepulcros caiados,
Onde ocultam os que foram sepultados
 e revelam, o que buscam as escondidas...
Nos poucos momentos sagrados,
Das raras, conquistas da vida!


autor:Serghio Gonçalves.
Todos buscam alguèm,

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O HOMEM QUE SABIA FALAR!

Certa vez, ouvi falar d`um homem!
Homem que era como nós.
Só que ELE sabia falar, da maneira que
a gente não fala!
Muitos dizem que se parecem com ELE,
Só que ELE, andava na terra,e tinha "cabeça" nos céus.Diferente de muitos que andam na terra,
mas mantém as cabeças nas nuvens.
ELE também sentia dores, e era mortal,
Só que sabia falar, d`um jeito que a gente
não fala.
Dizia para gente amar os nossos inimigos,
e perdoar!
Assim como muitos, que sempre falam
para os "outros", amarem e perdoarem,
mas nunca o fazem, e se dizem parecidos com ELE!
Só que ELE sabia falar, e falava para aborrecermos
nossa família, pais, irmãos,e segui-lo:
Muitos fazem isto desde pequeno; aborrecem pai,
mãe, irmãos, depois correm atrás D`ele, só que,
Nunca o alcançam.
O homem que sabia falar, dizia,
Para ajudarmos os necessitados!
Como um politico que conheci, que falava em ajudar os mais pobres,
E ajudou, os pobres da familia dele, e se esqueceu de nós.
 Tem mais uma coisa que dizia, o homem que sabia falar!
Que era para gente,
Construir casa na rocha  firme e segura!
Mas isto eu nunca pude fazer,
Pois, nos barrancos das favelas,
só tem barro e areia pura, e para cair, basta chover...
Outro dia estava lendo,
Alguns escritos que ELE deixou,
que falava de um lugar,
Aonde pouca gente chegou!
Por que para se entrar lá,
Tem que ser como menino,
Que nunca teve maldade,
E entendeu os teus ensinos.
O  homem que sabia falar,
Também falava de uma luz.
Que só poderia iluminar, quem carregasse,
a tal da cruz.
ELE também dizia, para todos que o ouvia.
Quem tem ouvidos para ouvir ouça, que:
EU também sou rei!
Rei que não gosta de guerra,
Diferente de outros reis, que a gente encontra aqui na terra.
O rei que sabia falar, dividia o peixe e o pão.
Enquanto os reis que eu conheço,
mesmo com tanta fartura, destrói o que tem a mão.
O rei que sabia falar, também foi coroado;
pelo povo que ELE ensinou, e que havia curado!
E depois de muito sofrer,  findou que morreu sózinho.
No seu trono de madeira, e sua coroa de espinhos.


Autor: Sérghio Gonçalves.