sexta-feira, 29 de abril de 2011

NUVEM NO DESERTO

Pinga! pingos secos!
Secos pingos que não querem cessar/
Levantando pó, poeira...
Como nuvem no deserto, umidade que seca o ar.
De tão seco que sufoca,
A areia, que quer respirar/
Cada pingo seco ao cair,
Faz a morte gargalhar...
Pingos secos, pinga, pinga/
Causa enchente que enche os olhos...
Do deserto "cheio" que te abriga,
E que absorve cada pingo, em teu colo.
Apnéia seca da terra!
Esperanças, em cada gota que cai.
Seu suspiro, um grito que encerras/
Cada pingo, uma fonte que atrai.
Quantos pingos! A conta-gotas...
Conte as gotas, divida os respingos!
Em cada grão, que pingas e contas.
Morre aos poucos, o deserto mendigo.
Ah! se cada pingo seco fizesse/
Molhar os grãos, do deserto ardente!
Ah! SE cada gota que conta pudesse...
Aplacar a sede, de toda esta gente!


Sérghio Gonçalves.


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