terça-feira, 10 de maio de 2011

Aonde me perdi!

Talvez tenha pecado!
Como herege, sem dúvidas pequei.
Hoje vagueio adornado, com antigas feridas,
Que sei! Fui eu quem plantei.
Sofro angústias em minhálma agitada!


Vejo névoas ao meu redor, feito mortalhas.
Ah! culpa soberana, não diga mais nada!
Tu és á culpada!
Tendo eu, nascido na permissão divina,
Recordo-me com doçura, as planicies de minha juventude.
Sombras recortadas, contornam a minha sina.
Como ilusões que habitam, montanha de grande altitude.
Nestes tempos conheci,
Doutrinas comuns ao amor.
Como fantoche adolescente entendi,
Que á marcha é longa,
E o combustivel é a dor.
Uni-me a outros, que como eu, buscavam rostos sem nomes.
Descobri, é neste momento,
Que o diabo penetra o coração dos homens.
Ao longo do caminho, intentei construir um castelo,
Como um nobre.
Cai, preso de tentações,como o amor, o poder e a guerra.
O castelo, não passou de casebre.
O que julgava nobre, era suculenta desordem.
A segunda idade, conveio-me amargamente.
Pus-me á mastiga-la,como se dali pudesse tirar,
Uma espécie de calma excitação.
Mas o sabor ainda ausente, engasgava-me ainda mais,
Com o osso,da sutil humilhação!
Com olhar perdido,
na forquilha astuta do tempo,
Cercado em muralhas, que não me permitem voltar.
Pergunto-me:
Qual a ligação universal dos fatos,cuja causa,
Não outra,nos leva a pecar?
Sinto-me tão incerto das minhas verdades,
Por mais que nelas acredite.
Poderia um anjo, interceder e mudar tudo? Certamente.
Mesmo que precise sempre tentar,
E tão somente,
Como tenho feito.
Como um corpo que arrasta outro corpo,
Há de se separar em algum momento.
È isso! O máximo que posso fazer,
é olhar melhor.
Se, tivesse podido fazer diferente,
talvez tivesse, feito pior.
Pequei! Sei que pequei!
Porque vivi a loucura dos simples,
Que opera nas sombras,com frêmitos selvagens,
E incontroláveis.
Pecarei! Pois esta é a conduta,
Das coisas práticas da vida,
Vida repleta de veredas,
Nem sempre, contornáveis!

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