sexta-feira, 10 de junho de 2011

BATALHA PERDIDA

A alma frágil,
Inclina-se buscando proteção,
Em colóquio cru, das mentes mesquinhas,
onde falta sentimentos,
Era bendita e silenciosa, aquela solidão,
Como se à expressão dos sentidos,
lhe deformasse á forma dos pensamentos!
Gostava, ela de ser assim,
Procurando beleza,
no mais feio da vida!
Naquela incerteza,
que não tinha meio nem fim.
Mas, por não ter toda certeza,
Não se sentia, de toda vencida,
Pois na dor intensa, encontrou outrossim,
a cura eterna, para suas feridas.
Ria-se das horas más,
Consolando-se com os desiludidos!
Por ser dai, que á liberdade tira,
Intrepidez para dar, disposição aos caidos.
Cuida de continuar nadando,
Até, atingir á outra margem!
Com á mesma terna ousadia,
Munida de intensa coragem.
Não faças confidências ao passado,
nem recordações, de sua juventude!
Pois à luz,
Já não ilumina, o iluminado.
E lembranças, não é viver,
á vida em plenitude!
Ah! Solidão, espécie de loucura mansa...
De sorte, que ninguém veja seu futuro,
Além do que á vista alcança!
A alma vive com tanta ânsia,
Que cega, atropela á vida,
O que ganhar, no sustento da ganância,
Amanhã tornou, batalha perdida!
Mas, não é só,
Na guerra, um minuto vale,
uma vida inteira.
Aquilo que se fez, e o tempo desfez,
Permanece original,
assim como o pó, para à poeira!

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