Cada passo que dou,
Cada casa onde visito,
Encontro alguém que recuou,
Diante de qualquer conflito!
Naturalmente conversamos,
sobre nossos passados,
E, suspirando, revivemos,
os velhos tempos.
Com olhares perdidos,
em instantes marcados,
Como dedicatórias, manuscritas,
escritas,por nossos tormentos!
Os anos passam, uns sobre os outros,
E as sensações, também se vão,
Tornamo-nos frios,
no eco dos desencontros,
Recolhemos os cacos,
Dentro de um saco,
em formato de coração!
Alguns conflitos,
Ganham contornos poéticos,
Outros ainda merecem,um capítulo à mais,
Alguns tornam-se objetos,
filosóficos, ou linguísticos,
Mas todos são trapalhices,
das ortografias dos pais!
Porém, ninguém tolera,
viver abraçado as sombras,
Ou, ninguém enfrenta ondas,
em barquinhos de papel,
E como estamos no tempo,
somos impacientes nas obras,
Como somos folhas,
nos deixamos levar,
pelo vento ao léu!
E por fim, não podendo,
livres vencer o tempo,
Nem mesmo tendo,
no futuro dos filhos uma esperança!
Desde o principio,
faz-se idiota, meu julgamento,
Pois hoje sei, que nasci velho,
E vou morrer criança.
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